quinta-feira, 16 de maio de 2013 | By: Aria

E depois de tanto tempo....

Finalmente voltamos à ativa! Muitas coisas aconteceram desde a criação do blog. Mas bem, aqui estamos novamente e para comemorar, estou trazendo um texto magnífico sobre Afrodite e suas faces. Esse texto surgiu em uma comunidade que participo e devido à qualidade, achei que seria legal compartilhar. Não fiz nenhum alteração do texto e, ao final, há a assinatura da autora. Espero que gostem!

LUZ!


AS TRÊS FACES DE AFRODITE



Afrodite talvez seja a Deusa grega mais conhecida pelas massas. Mas será que de fato a conhecemos?

Tentei reunir aqui um pouco do trabalho de pesquisa que fiz em busca das origens do culto e facetas de Afrodite, mas a medida em que minha pesquisa avançada, eu percebia que nenhuma pesquisa, por completa que seja, conseguiria tocar a verdade sobre a conhecida Deusa do Amor.

Há quem considere Afrodite uma variação da Deusa sumeriana do amor e da guerra, Inanna, e isso explicaria o nascimento de Afrodite ter sido no mar, pois somente por essa via o culto à Deusa do amor chegaria do oriente ao ocidente. Talvez seja por esse motivo que Afrodite é também considerada protetora dos viajantes.

De fato, estudando ambas, pude notar muitos pontos em comum. No entanto, a idéia central desse trabalho não é traçar uma comparação entre as duas Deusas, mas compartilhar minhas pesquisas focadas em Afrodite.

Começando pelo seu nascimento, encontrei três versões diferentes.

A primeira versão é segundo Hesíodo – poeta grego da idade arcaica, que escreveu “A gênese dos deuses” e “Os trabalhos e os dias” – para quem Afrodite teria nascido do falo de Urano, extirpado por seu filho Cronos.

Cronos, o filho mais novo de Gaia ou Geia e Urano (Terra e Céu), cortou os genitais do pai porque ele aprisionara seus irmãos nos confins da Terra, no Tártaro.

O falo de Urano foi jogado no mar e das espumas desse nasceu Afrodite. Essa versão explica a origem do nome de Afrodite, “nascida da espuma”.

Logo após seu nascimento, a Deusa nadou até chegar na ilha de Citera. Por isso também é conhecida pelo nome de Citeréia. Segundo a lenda, por onde Afrodite passava, a relva se renovava, as flores nasciam, ela trazia o amor maior, o amor que tudo fertiliza, que embeleza.

Vale, portanto, a associação da Deusa do amor com a primavera, pois está intimamente ligada à vida que se renova, às flores, aos nascimentos. Para corroborar essa associação, encontramos uma outra denominação para a Deusa, Antheia, a Deusa das Flores.

Depois de Citera, Afrodite foi para Chipre, onde foi recebida pelas Horas, guardiãs da porta do céu (o Olimpo) e filhas de Têmis, Deusa da Justiça. Nessa ocasião, Afrodite foi vestida por elas e, em seguida, levada à presença dos Deuses. Encantou a todos, claro!

É dessa versão do nascimento de Afrodite que nasce a chamada Afrodite Urânia, doadora do amor universal, da qual falaremos mais além.

A segunda versão de seu nascimento é encontrada, entre outras fontes, em Homero, poeta grego que viveu por volta de 850 a.C em Jônia, antigo distrito grego onde hoje situa-se a Turquia.

Homero escreveu Ilíada e Odisséia, porém, há sérias controvérsias históricas em razão da diferença de estilo entre as duas obras. A controvérsia é tanta que há quem ponha em dúvida, inclusive, a existência de Homero. Dessa discussão nasceu a expressão “questão homérica” a qual se diz quando estamos diante de um impasse.

Pois bem, segundo essa segunda versão do nascimento de Afrodite, descrita também por Homero, a Deusa teria nascido de Zeus e Dione. Porém, me parece que nessa versão encontramos uma forma de restringir a amplitude e força da Deusa.

Entre as discrepâncias encontradas nessa versão, a que mais me chamou a atenção foi o fato de Afrodite ser também conhecida pelo nome de Dione, que é a forma feminina de Zeus, conhecida como Deusa das águas, das fontes, do carvalho e dos oráculos, sendo essa última característica de Afrodite, pouco mencionada.

A terceira versão do nascimento de Afrodite é pouco conhecida. O que sabemos é que Afrodite teria nascido de um caramujo e desembarcado de uma concha na ilha de Citera.

Em Cnido – costa da Ásia maior – o caramujo é considerado uma criatura sagrada da Deusa.

Outra ligação de Afrodite com o caramujo está na lenda de que Afrodite, antes do Olimpo, viveu no mar, na companhia de um caramujo de extrema beleza chamado Nérites, filho de Nereu, uma das facetas da triplicidade da divindade do mar conhecida como “O Velho do Mar”.
Pouco se sabe dessa terceira versão do nascimento da Deusa, mas é inegável a relação de Afrodite com o caramujo.

Essas três versões da origem de Afrodite nos falam de seu nascimento na água. Afrodite nasce na água, ou da água do mar, o por nós conhecido útero primordial. Nós, seres humanos, também nascemos na água. Talvez nosso passado intra-uterino faça com que tenhamos tanto amor por essa Deusa maravilhosa, e talvez seja também esse nosso passado intra-uterino que nos dê a sensação de retorno às nossas origens quando mergulhamos no mar.

Outro ponto interessante sobre a força de Afrodite é que Ela é o amor que tudo gera.

Nós também somos, ou temos, esse amor que nasceu nas águas. A água é símbolo do nosso inconsciente, do nosso lado feminino, da fertilidade, da emoção.

O oceano primordial de onde crêem alguns termos nos originado me lembra muito o nascimento de Afrodite e sua relação com a humanidade.

Quem sabe Afrodite não seja a expressão humana dessa vida, pois tudo que ela toca se torna fértil, pulsante e vivo. Quem sabe Afrodite não seja essa própria força geradora da vida.
Afrodite e a humanidade, que realção impressionante. Mesmo entre os que dizem não cultuar a Deusa, nutre por Ela uma estranha ligação.

Como Deusa do Amor Maior, da beleza e da vida Afrodite também pode ser cruel, destruidora, como veremos. Nesse ponto reside a estreita conexão de Afrodite com a humanidade. Temos em nós esses dois pólos, essas duas versões de nós mesmos.

A bem da verdade, não seria correto dizer “dois pólos de Afrodite”. Poucos conhecem a versão tríplice da Deusa do Amor. Porém, noto que, cada vez que pesquiso sobre aspectos de determinada divindade, sempre encontro essa característica tríplice que, pasmem, também não pára no número três. Mas isso é assunto para outro texto.

Hoje o que conhecemos de Afrodite é reduzido ao quesito amor. Porém, Afrodite se mostra muito além do que se é possível escrever sobre a Deusa.

Afrodite não é somente a Deusa do amor e da beleza. A primeira face de Afrodite, em sua triplicidade, é Afrodite Urânia, distribuidora do amor universal, a doce, a bela, aquela que une os pares com amor, que dá cor e beleza ao mundo. É a Deusa do céu, das estrelas, do amor celestial. Sempre que penso nesse aspecto de Afrodite, me lembro da já mencionada Inanna, a Deusa dos Céus, como provedora, amorosa.
A segunda face é Afrodite Pandemos, que está intimamente ligada a questões carnais, sexuais, físicas, materiais. O amor sensual é domínio dessa faceta da Deusa, é Ela quem nos oferece os prazeres do corpo, que desperta o desejo, que nos faz querer a beleza para conquistar.

O terceiro aspecto é o menos conhecido, Afrodite Apostrófia, que significa “aquela que se afasta”. Esse é o aspecto destruidor da Deusa, o aspecto mais difícil e menos explorado.
É como se quisessem deixar à mostra somente o lado que convém. Vemos muito disso ao estudar essa Deusa.

Afrodite Apostrófia é que deturpa, a que escraviza e a que traz a mazelas, as desgraças. Penso muito nas modelos anoréxicas e bulímicas quando ouço o nome Afrodite Apostrófia.
Como dissemos, em verdade, não se trata de apenas três faces. O culto de Afrodite e suas faces vão variando conforme a época, o local e a ideologia do povo.

Temos, por exemplo, Afrodite Eleêmon, cultuada em Chipre como “A Misericordiosa”, cuja imagem se assemelha muito com a da Virgem Maria, porém, sem o aspecto da castidade.
Afrodite Pasifessa, “A que brilha longe”, conhecida como a Deusa lunar que rege os mistérios do inconsciente.

Afrodite Zeríntia, que muito se assemelha a Hécate. Afrodite Zeríntia é uma face da Deusa que está além do Olimpo, cujos domínios são além da Terra e do céu, assim como Hécate.
Para os atenienses, Afrodite Zeríntia era a mais velha das moiras.

Outro ponto em comum com Hécate era o sacrifício de cachorros, feitos em honra à Afrodite na costa trácia, posto que esse animal era consagrado à Afrodite Zeríntia.

Afrodite Genetílis, outra faceta da Deusa, também recebia sacrifícios. Ficou conhecida como Vênus Genetrix, pelos latinos, a Deusa dos partos.

Temos também conhecimento de um outro aspecto da Deusa, Afrodite Hetaira, que era venerada pelas cortesãs.

Diferentes das prostitutas pobres e não cidadãs, as hetairas eram treinadas desde cedo nas artes do sexo.

Aquele que comprava uma hetaira pagava uma soma muito alta. Tratava-se de um investimento. Muitos pagavam fortunas pelos favores sexuais das hetairas, e investiam também nos dotes artísticos delas.

É fato histórico que algumas hetairas acabaram comprando sua liberdade, tornando-se grandes e conhecidas mulheres.

Em Esparta, Afrodite era adorada como Enóplio, portando armas, e Afrodite Morfo, a acorrentada. Era chamada de “a de corpo bem feito” ou “a de várias formas”.

Afrodite Ambológera era adorada também em Esparta como aquela que adia a velhice, trazendo vigor físico.

Temos também a Afrodite Negra, ou Melena/ Melênis, dominadora dos mistérios da morte e destruição, aspecto relacionado com as Erínias.

Aliás, os aspectos negros de Afrodite são os que menos conhecemos. Podemos citar Afrodite Andrófono, a matadora de homens; Afrodite Anósia, a que peca, e Afrodite Tamborico, a cavadora de túmulos.

Existe também a ligação de Afrodite com Perséfone. Afrodite Persefessa era invocada como Rainha do submundo.

Interessante notar que Eurínome, a Deusa primordial dos pelasgos, também tinha relação com o mar, era a Deusa dos prazeres, governou antes do patriarcado olimpiano e foi rebaixada, deixada de lado.

Como podemos ver, Afrodite é muito mais complexa do que lemos por aí. Não daria para explanar toda a complexidade da Deusa nesse trabalho.

Afrodite não se resume ao amor físico, nem ao amor universal, nem ao sexo, nem à beleza. Ela rege tudo isso e muito mais. Afrodite é o amor entre seres e intra seres, é o amor que cria, mas é também o amor que ceifa.

Afrodite está presente no sexo, no prazer, Ela é o desejo, a vontade entre dois seres. É Ela quem faz com que duas pessoas se desejem e desse desejo mútuo, dessa explosão de energia entre dois corpos, duas mentes e dois espíritos possa ser criado um outro ser, pois Afrodite é doadora da vida também.
Afrodite é a própria beleza da Terra, não diz respeito somente a corpos jovens e esbeltos. Para Afrodite a beleza plástica não vale nada. Afrodite quer a beleza da mente, do corpo e do espírito.
De nada adiantará explorarmos as novidades cosméticas se não explorarmos nossa beleza real, aquela que é dada por Afrodite a todos, sem exceção.

Afrodite abençoou a todos com a beleza, é uma sabedoria que poucos compreendem.

Creio que Afrodite perguntaria às pessoas:

De que adianta a sua beleza, sua perfeição se você vive destrói o seu planeta?


De que adianta a forma física perfeita se é vazio por dentro?

Como pode você desejar a beleza constantemente na sua vida e degradar a sua casa?

Afrodite é doadora da beleza, do viço, porém, Afrodite também deseja que cada um de nós leve a beleza para a vida daqueles que nos cercam.

O que acontece com pessoas bonitas, jovens, que exercem sua sexualidade desmedida?

O que acontece com pessoas que em nome do amor aprisionam outro ser?

O que acontecem com pessoas que buscam a beleza vazia?

Solidão.

Solidão no sentido mais amplo.

Afrodite vai embora e leva consigo a real beleza, o sexo pleno, o amor verdadeiro.

É nessa hora que podemos conhecer a face da qual poucos falam, Afrodite Apostrófia, aquela que se afasta.

Por Lua Serena
sábado, 1 de setembro de 2012 | By: Aria

Lua Azul




A Lua Azul ocorre uma vez a cada dois anos e sete meses, sete vezes a cada dezenove anos e trinta e seis vezes num século. Isso acontece porque
um mês terrestre tem em média 30,5 dias enquanto o mês lunar tem 29,5 dias. Essa diferença de um dia, acaba com o tempo, fazendo com que seja possível a realização de duas luas cheias num mesmo mês, mesmo com a diferença dos anos bissextos.

É chamada de Lua Azul, por ser a 2ª Lua Cheia dentro do mesmo mês. É um momento fantástico para trabalhar o eu interior, a religiosidade, a intuição e potencializar os poderes psíquicos.
Favorece ainda a prosperidade e a abundância como um todo. (Crédito a somostodosum).

Como sugestões de rituais para se fazer na lua azul, você pode pensar nas seguintes correspondências:
*Renascimento
*Abundância
*Prosperidade
*Libertação
*Transmutação.

Correspondências astrológicas:
Peixes e um signo de água, cujas características principais são a compaixão a sensibilidade e a busca da realização espiritual. Virgem e um signo de terra, que valoriza a organização, a analise e a discriminação racional, a responsabilidade e o serviço. A combinação das qualidades de água e terra favorece a fertilidade, o plantio e a colheita. E uma data propícia às praticas oraculares e a abertura da percepção psíquica, compartilhando os frutos dos esforços pessoais ou da própria terra - e agradecendo os resultados e a dádivas (flores, frutos, filhos, poemas, canções, pinturas, danças, artesanato) Avaliam-se as realizações, ponderando-se sobre os erros e a dificuldades e preparando-se a terra e as sementes para a próxima colheita.






terça-feira, 20 de março de 2012 | By: Aria

Mabon



E finalmente chegamos em Mabon!

Normalmente o Equinócio de Outono é comemorado por volta do dia 23, 21 de março no Hemisfério Sul. No entanto, em 2012, o equinócio de outono é especialmente comemorado hoje, dia 20 e teve seu início, mais precisamente às 02:14.
Talvez seja interessante abordar um pouco do conceito astrológico a cena dos equinócios, pois talvez assim, as ideias e os porquês da celebração não fiquem tão soltas e confusas.

A palavra equinócio vem do Latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite possuem a mesma duração. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte, e o pôr do Sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar está metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração.

Bem, para a astrologia, o equinócio é o momento em que o Sol, no movimento anual aparente, corta o equador celeste (círculo máximo em que o prolongamento do equador da Terra intercepta a esfera celeste).

Esfera Celeste

Mabon tem uma simbologia muito especial. É considerada a segunda colheira, porém, repleta de mistérios dos antigos. É o tempo da Deusa descer para o submundo. Com sua partida, nós presenciamos o declínio da natureza e a aproximação do inverno. Há alguns contos que retratam a descida da mãe para o submundo, como o tão conhecido conto de Perséfone.
Nesse mês nós também damos adeus ao deus da colheita que se sacrificou para gerar cada grão. Agora como Greenman, que faz parte do ciclo da natureza e que agora é colhido e suas sementes plantadas na Terra para que a vida possa continuar e ser sempre mais abundante.



Como o mito de Persófone é bem comum, vou trazer o mito do deus gaulês Mabon.

O Deus Mabon era um menino valente, muito belo e corajoso. Desde muito cedo aprendeu a amar e conviver com todos os elementos da natureza, em especial com as árvores e riachos. Estava sempre fugindo para a floresta para brincar com os animais e com as árvores e plantas.
Sempre fora um garoto livre e gostava muito de correr pelos campos e florestas. Era um Deus jovem e irradiava uma luz muito bonita.

Certa vez, no dia do Equinócio de Outono, Mabon desapareceu enquanto brincava nos campos de trigo. Sua mãe, Modron, guardiã do além, protetora e curandeira, a própria Terra, chorou com grande tristeza. As árvores perderam as folhas, e depois os dias tornaram-se escuros e frios. E tudo foi tristeza. Com medo de que essa época tão escura nunca terminasse, Mabon foi procurado pelos quatro cantos, por todos os guerreiros da Terra. E com a ajuda dos animais vivos mais antigos, dentre eles o corvo, a coruja, a águia e o salmão, Mabon foi encontrado, já livre de onde estivera todo o tempo.

O que ninguém sabia é que Mabon havia estado no além mágico de Modron, o útero da Terra, um lugar de encantamento e desafios, onde o jovem garoto pudera se tornar um guerreiro de verdade, e depois renascer como o filho da luz.
A luz de Mabon havia sido tragada pela Terra apenas para ganhar força e tornar-se uma nova semente...

E era assim que os gauleses explicavam a chegada do Outono, uma época de reunir forças para os tempos difíceis que estão por vir.


No Brasil, nós sabemos que as estações não são bem marcadas e em se tratando de alguns lugares como Brasília, o inverno é quente e seco, mas afinal, a secura intensa também torna difícil a sobrevivência das plantas. O cerrado queima e a paisagem é retorcida e desértica. As energias continuam as mesmas, mesmo num inverno quente e seco como a da capital do país. Reparem que é o momento em que determinadas frutas estão inacessíveis o preço de muitos alimentos costumam subir na escassez.
É óbvio com tanta tecnologia, muitas coisas são diferentes e isso se torna uma forte variável para que não passemos tantas dificuldades, mas ainda que de uma forma sutil, podemos sentir essa variação na estação com tudo aquilo que colocamos em nossos pratos e, quando a sensibilidade está mais apurada, percebe-se também as alterações energéticas.

Mabon é tempo de reflexão, pois a colheita é farta, mas carregada da sabedoria dos antigos. É tempo de equilíbrio e de ponderar, de meditar e de agradecer. Ainda, é tempo de reunir os que amamos para partilhar desse momento de sabedoria e abundância (afinal é o momento da segunda colheita!). Por tanto já fica a dica de uma atividade que pode ser feita nesta época!

Agora, vamos às correspondências!

Outros nomes para este sabbat:
Equinócio de Outono, Alban Elfed, Colheita do Vinho, Cornucópia, Segunda Colheita, Dia de Ação de Graças das Bruxas.

Cores:
Marrom, verde, amarelo, vermelho.

Divindades:
Relacionadas ao vinho e às colheitas, mas especialmente os mitos de Mabon/Modron e Perséfone/Deméter.

Plantas e ervas:
Alecrim, calêndula, sálvia, noz, folhas e cascas, visco, açafrão, camomila, folhas de amêndoa, frankincenso, rosa, agridoce, girassol, trigo, folhas de carvalho, maçã seca, sementes de maçã.

Pedras:
Âmbar, quartzo translúcido, olho-de-tigre, citrino.

Toalha do altar:
Laranja ou cor de vinho.

Velas:
Marrons, cor de vinho ou roxas.

Incensos:
Hibisco, mirra, rosa e sálvia (ou misture todos).

Outros apetrechos decorativos:
Ramos de ervas secas, girassóis, folhas secas, batatas, bagas e espigas de milho.

Comidas e bebidas:
Abóboras, grãos no geral, pães, bolos, raízes de todos os tipos, batatas, nozes, sidra com canela, vinho.

Atividades tradicionais:
- Elaborar uma cornucópia para prosperidade
- Fazer bonecas mágicas de maçã
- Andar pelos campos
- Fazer grinaldas e oferecer à Natureza como agradecimento
- Fazer vassouras mágicas
- Fazer amuletos
- Confeccionar uma Rainha da Colheita
- Fazer uma oferenda aos deuses com frutas e folhas
- Encher uma cesta com cones de pinheiros, folhas secas coloridas, trigo, bolotas de carvalho e ramos de pinheiro e deixar na sua porta de entrada para atrair boa sorte
- Colocar espigas de milho na sua porta de entrada



Abençoados sejam!
Luz!
domingo, 19 de fevereiro de 2012 | By: Aria

Profecias Maias: Ilha Apocalíptica




"No interior das remotas selvas de uma ilha desconhecida, permanece um segredo que poderia escrever o capítulo final das profecias do ano 2012.
Durante séculos este lugar foi conhecido somente por poucas pessoas. Em seu centro se encontra um antigo megálito que os arqueólogos acreditam marcar o ponto zero do Armagedom.
Os símbolos maias desta escultura assinalam o ponto para se observar o eclipse que marcará o início do Apocalipse em 2012." - The History Channel Brasil




Hoje trago um documentário sobre os Maias e as profecias a cerca de 2012.
Acredito que independente da crença de qualquer um, é um fato que o planeta que vivemos está sempre passando por transformações periódicas nas mais diversas dimensões: físicas, eletromagnéticas, energéticas, atmosféricas, etc. E toda transformação pede por adaptações, a morte e o renascimento. A mudança de Eras é apenas mais uma dessas transformações.
Mais do que uma crença, os estudos Maias revelam um conhecimento fenomenal sobre a astrologia e sua regência sobre nosso planeta e sobre nossas vidas. Há milhares de anos atrás eles já detinham cálculos precisos das posições dos planetas e outros corpos celestes, incluindo sobre a massa negra que habita o centro da nossa Via Láctea. E é através desse conhecimento que os Maias traçaram um calendário com os eventos importantes para a humanidade, inclusive a data de 21 de dezembro de 2012.
Então, sem mais delongas, segue o documentário!




quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012 | By: Aria

E no início... havia a luz!


Antes de mais nada, quero dar às boas vindas a todos! Não há época melhor para começar alguma coisa do que uma em uma época regida pela luz, principalmente num ano regido especialmente pela espiritualidade. Mas falaremos sobre isso em outra ocasião!


O verão, período regido pelo Pai Sol! E já que estamos sob a influência dessa estação e de Lughnasad, acho válido falar um pouco sobre esse Sabbat, há muito tempo cultuado.

Lammas ou, como também é conhecido, Lughnasadh (Lunasá), ocorre por volta do dia 02 de Fevereiro aqui no hemisfério sul.Lammas é a primeira colheira, momento em que a fartura volta a reinar. É o tempo em que os grãos estão prontos para serem colhidos e, em forma de agradecimento pela boa colheita, os primeiros grãos e os alimentos feitos destes, são dedicados às entidades da agricultura e ao Pai Sol, por propiciar com seus raios o crescimento e desenvolvimento da plantação. Assim, o costume nos conta que eram realizadas várias oferendas, normalmente, através de pães. É por essa razão que durante o rito de Lammas, existe uma etapa que é a confecção de pães e bolos artesanais para oferendar aos deuses, além é claro, das muitas sementes e castanhas da estação!Uma outra atividade tradicional realizada em Lammas, é a confecção das bonecas de milho (pequenas figuras feitas com palha trançada). Esse é um antigo costume pagão realizado por muitos Bruxos modernos como parte do rito do Sabbat Lammas. As bonecas são colocadas no altar para simbolizar a Deusa Mãe da colheita. É costume, em cada Lammas, fazer (ou comprar) uma nova boneca de milho e queimar a anterior (do ano passado) para dar boa sorte.

Lammas era originalmente celebrado pelos antigos sacerdotes druidas como o festival de Lughnasadh. Nesse dia sagrado, eles realizavam rituais de proteção e homenageavam Lugh, o deus celta do sol. Em outras culturas pré-cristãs, Lammas era celebrado como o festival dos grãos e o dia para cultuar a morte do Rei Sagrado.
É durante esse período que o Deus Sol se transforma no Deus das Sombras, doando sua energia às sementes para que a vida seja sustentada, enquanto a Mãe se prepara para assumir o papel de Anciã. Esse poderoso ritual enfatiza a relação do fogo com os Deuses da vida e a centelha da criação. Lammas é o tempo de dar gratidão pelo que você começou a receber e sacrificar o que você puder para receber mais.

Uma das reflexões que faço aqui, é que hoje em dia temos tudo pronto. Estamos acostumados a vermos o alimento pronto tanto para consumo como para venda. Sempre temos a possibilidade de irmos ao mercado e comprar um quilo de milho, um saco de arroz, um saco de aveia e frutas da estação. Com exceção do agricultor que vive disso, poucas vezes paramos para pensar na importância das estações sobre nossas vidas e quanto o sol é importante para gerir esses alimentos que vamos consumir. E menos vezes ainda paramos pra pensar em como seria nossa vida nesse período se não houvesse sol! Já pensou em passar uma estação inteira sem arroz, frutas, aveia? Já pensou se, em algum momento que você fosse ao mercado não houvesse o pão de todos os dias à venda?!

Por outro lado, a colheita ultrapassa o sentido literal e podemos desdobrar esse momento enquanto formas de agir, pensar, sentir, ser. Já pensaram sobre as pessoas que lhes rodeiam? Já parou para pensar nas coisas que você tem emanado? Sobre as atitudes e posturas que tem tomado? Gera bons frutos e resultados ou não? E as coisas que deixamos de fazer?

Então esse é um momento de gratidão e não apenas com relação àquilo que comemos, mas também pelos processos que vivemos, pelas experiências que passamos (sejam elas boas ou ruins) e por tudo aquilo que nos transforma enquanto ser. É o momento também de colher as ações e atitudes que plantamos em nossas vidas. É sem dúvida um momento de especial reflexão, já que sempre colhemos o que plantamos em todas as dimensões, física, mental, espiritual, emocional e etérica.


Bem, dito isso, aqui seguem algumas correspondências do Sabbat e um pequeno rito solitário para celebração da primeira colheita:
Incensos: aloé, rosa e sândalo.
Cores das velas: laranja e amarela.
Pedras preciosas sagradas: aventurina, citrino, peridoto e sardônia.
Ervas ritualísticas tradicionais: flores da acácia, aloé, talo de milho, ciclame, feno grego, olíbano, urze, malva-rosa, murta, folhas do carvalho, girassol e trigo.

Para o ritual você vai precisar de:
- caldeirão;
- um pão (de preferência um feito por você);
- taça com vinho;
- manjericão;
- verbena;
- álcool;
- grãos variados;
- velas nas cores laranja, marrom e dourado;

O Rito Observação: para esta celebração prepare o altar colocando em volta do caldeirão ramos de trigo, velas nas cores laranja, marrom e dourado e variados tipos de grãos, oferecendo-os à Deusa e ao Deus.
Inicie o rito visualizando uma forte luz prateada que entra pelo topo de sua cabeça e inunda todo o seu ser em luz de proteção. Visualize durante cerca de 30 segundos. Após a visualização, você pode dar início ao rito conforme abaixo:
Enquanto acende as ervas (manjericão e verbena) no caldeirão e as velas, diga:

“Hoje festejo a primeira colheita
E por merecimento sinto-me plenamente feliz
Com abundância e fartura
Agradeço aos Deuses que me guiam pela Roda do Ano
E a eles ofereço o vinho e os grãos”

Pegue a sua boneca de milho e com ela em mãos faça seus pedidos. Em seguida beba o vinho da taça e coma o pão, em comunhão com a boneca. Medite sobre este período da Roda do Ano, no qual o Deus Sol agora se transforma no Deus das Sombras doando sua energia às sementes para que a vida perpetue enquanto a Deusa Mãe se prepara para assumir o aspecto de Anciã. Diga à boneca:

“Minha cara boneca de milho,
Por meio de ti recebemos a mensagem de que em cada semente existe em breve o regozijo do renascimento. Assim como ocorre seu sacrifício o Deus Sol se sacrifica para trazer alimento ao povo. Vá com a promessa de renascimento para que retorne gloriosa e abençoe seu povo”
Agora é hora de queimar a boneca de milho no caldeirão, nas ervas de Lammas (manjericão e verbena). Mentalize o círculo de luz prateada se desfazendo. Está feito!

Confecção da boneca de milho:
Materiais:
- 1 espiga de milho;
- Fitas;
- Tecido colorido e branco;
- Tinta preta;
- Cola;

Após descascar a espiga de milho, cole o pedacinho do tecido branco e pinte sobre este pedaço o rosto da boneca. Amarre o tecido colorido para fazer uma saia. Com as fitas coloridas, faça tranças com os “fios de cabelo” da espiga de milho.
(Esse rito elaborado por Ágatha Cruz.)

Bem, há uma música de uma banda pagã que eu gosto muito chamado Omnia. Para um ritual solitário pode ser perfeito!





O híu Noshàh
O hí Lúghnásádh

Feed the flames and set them dancing
Alimente as chamas e coleque-as para dançar
Hail the Sun and Hail to Life
Hail ao Sol e Hail à Vida
Feed the flames and set them dancing
Alimente as chamas e coleque-as para dançar
Hail the Sun and Hail to Life
Hail ao Sol e Hail à Vida

Spear of fire
Lança de fogo
Burn so brightly
Queime brilhantemente
As the sunwheel in the sky
Assim como a roda do sol no céu

Spear of fire
Lança de fogo
Burn within me
Queime dentro de mim

O híu Noshàh
O Lúghnásádh


Abençoados sejam!
Luz!