A Lua Azul ocorre uma vez a cada dois anos e sete meses, sete vezes a cada dezenove anos e trinta e seis vezes num século. Isso acontece porque
um mês terrestre tem em média 30,5 dias enquanto o mês lunar tem 29,5 dias. Essa diferença de um dia, acaba com o tempo, fazendo com que seja possível a realização de duas luas cheias num mesmo mês, mesmo com a diferença dos anos bissextos.
É chamada de Lua Azul, por ser a 2ª Lua Cheia dentro do mesmo mês. É um momento fantástico para trabalhar o eu interior, a religiosidade, a intuição e potencializar os poderes psíquicos.
Favorece ainda a prosperidade e a abundância como um todo. (Crédito a somostodosum).
Como sugestões de rituais para se fazer na lua azul, você pode pensar nas seguintes correspondências:
*Renascimento
*Abundância
*Prosperidade
*Libertação
*Transmutação.
Correspondências astrológicas:
Peixes e um signo de água, cujas características principais são a compaixão a sensibilidade e a busca da realização espiritual. Virgem e um signo de terra, que valoriza a organização, a analise e a discriminação racional, a responsabilidade e o serviço. A combinação das qualidades de água e terra favorece a fertilidade, o plantio e a colheita. E uma data propícia às praticas oraculares e a abertura da percepção psíquica, compartilhando os frutos dos esforços pessoais ou da própria terra - e agradecendo os resultados e a dádivas (flores, frutos, filhos, poemas, canções, pinturas, danças, artesanato) Avaliam-se as realizações, ponderando-se sobre os erros e a dificuldades e preparando-se a terra e as sementes para a próxima colheita.
Normalmente o Equinócio de Outono é comemorado por volta do dia 23, 21 de março no Hemisfério Sul. No entanto, em 2012, o equinócio de outono é especialmente comemorado hoje, dia 20 e teve seu início, mais precisamente às 02:14.
Talvez seja interessante abordar um pouco do conceito astrológico a cena dos equinócios, pois talvez assim, as ideias e os porquês da celebração não fiquem tão soltas e confusas.
A palavra equinócio vem do Latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite possuem a mesma duração. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte, e o pôr do Sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar está metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração.
Bem, para a astrologia, o equinócio é o momento em que o Sol, no movimento anual aparente, corta o equador celeste (círculo máximo em que o prolongamento do equador da Terra intercepta a esfera celeste).
Mabon tem uma simbologia muito especial. É considerada a segunda colheira, porém, repleta de mistérios dos antigos. É o tempo da Deusa descer para o submundo. Com sua partida, nós presenciamos o declínio da natureza e a aproximação do inverno. Há alguns contos que retratam a descida da mãe para o submundo, como o tão conhecido conto de Perséfone.
Nesse mês nós também damos adeus ao deus da colheita que se sacrificou para gerar cada grão. Agora como Greenman, que faz parte do ciclo da natureza e que agora é colhido e suas sementes plantadas na Terra para que a vida possa continuar e ser sempre mais abundante.
Como o mito de Persófone é bem comum, vou trazer o mito do deus gaulês Mabon.
O Deus Mabon era um menino valente, muito belo e corajoso. Desde muito cedo aprendeu a amar e conviver com todos os elementos da natureza, em especial com as árvores e riachos. Estava sempre fugindo para a floresta para brincar com os animais e com as árvores e plantas.
Sempre fora um garoto livre e gostava muito de correr pelos campos e florestas. Era um Deus jovem e irradiava uma luz muito bonita.
Certa vez, no dia do Equinócio de Outono, Mabon desapareceu enquanto brincava nos campos de trigo. Sua mãe, Modron, guardiã do além, protetora e curandeira, a própria Terra, chorou com grande tristeza. As árvores perderam as folhas, e depois os dias tornaram-se escuros e frios. E tudo foi tristeza. Com medo de que essa época tão escura nunca terminasse, Mabon foi procurado pelos quatro cantos, por todos os guerreiros da Terra. E com a ajuda dos animais vivos mais antigos, dentre eles o corvo, a coruja, a águia e o salmão, Mabon foi encontrado, já livre de onde estivera todo o tempo.
O que ninguém sabia é que Mabon havia estado no além mágico de Modron, o útero da Terra, um lugar de encantamento e desafios, onde o jovem garoto pudera se tornar um guerreiro de verdade, e depois renascer como o filho da luz.
A luz de Mabon havia sido tragada pela Terra apenas para ganhar força e tornar-se uma nova semente...
E era assim que os gauleses explicavam a chegada do Outono, uma época de reunir forças para os tempos difíceis que estão por vir.
No Brasil, nós sabemos que as estações não são bem marcadas e em se tratando de alguns lugares como Brasília, o inverno é quente e seco, mas afinal, a secura intensa também torna difícil a sobrevivência das plantas. O cerrado queima e a paisagem é retorcida e desértica. As energias continuam as mesmas, mesmo num inverno quente e seco como a da capital do país. Reparem que é o momento em que determinadas frutas estão inacessíveis o preço de muitos alimentos costumam subir na escassez.
É óbvio com tanta tecnologia, muitas coisas são diferentes e isso se torna uma forte variável para que não passemos tantas dificuldades, mas ainda que de uma forma sutil, podemos sentir essa variação na estação com tudo aquilo que colocamos em nossos pratos e, quando a sensibilidade está mais apurada, percebe-se também as alterações energéticas.
Mabon é tempo de reflexão, pois a colheita é farta, mas carregada da sabedoria dos antigos. É tempo de equilíbrio e de ponderar, de meditar e de agradecer. Ainda, é tempo de reunir os que amamos para partilhar desse momento de sabedoria e abundância (afinal é o momento da segunda colheita!). Por tanto já fica a dica de uma atividade que pode ser feita nesta época!
Agora, vamos às correspondências!
Outros nomes para este sabbat:
Equinócio de Outono, Alban Elfed, Colheita do Vinho, Cornucópia, Segunda Colheita, Dia de Ação de Graças das Bruxas.
Cores:
Marrom, verde, amarelo, vermelho.
Divindades:
Relacionadas ao vinho e às colheitas, mas especialmente os mitos de Mabon/Modron e Perséfone/Deméter.
Plantas e ervas:
Alecrim, calêndula, sálvia, noz, folhas e cascas, visco, açafrão, camomila, folhas de amêndoa, frankincenso, rosa, agridoce, girassol, trigo, folhas de carvalho, maçã seca, sementes de maçã.
Ramos de ervas secas, girassóis, folhas secas, batatas, bagas e espigas de milho.
Comidas e bebidas:
Abóboras, grãos no geral, pães, bolos, raízes de todos os tipos, batatas, nozes, sidra com canela, vinho.
Atividades tradicionais:
- Elaborar uma cornucópia para prosperidade
- Fazer bonecas mágicas de maçã
- Andar pelos campos
- Fazer grinaldas e oferecer à Natureza como agradecimento
- Fazer vassouras mágicas
- Fazer amuletos
- Confeccionar uma Rainha da Colheita
- Fazer uma oferenda aos deuses com frutas e folhas
- Encher uma cesta com cones de pinheiros, folhas secas coloridas, trigo, bolotas de carvalho e ramos de pinheiro e deixar na sua porta de entrada para atrair boa sorte
- Colocar espigas de milho na sua porta de entrada
"No interior das remotas selvas de uma ilha desconhecida, permanece um segredo que poderia escrever o capítulo final das profecias do ano 2012.
Durante séculos este lugar foi conhecido somente por poucas pessoas. Em seu centro se encontra um antigo megálito que os arqueólogos acreditam marcar o ponto zero do Armagedom.
Os símbolos maias desta escultura assinalam o ponto para se observar o eclipse que marcará o início do Apocalipse em 2012." - The History Channel Brasil
Hoje trago um documentário sobre os Maias e as profecias a cerca de 2012.
Acredito que independente da crença de qualquer um, é um fato que o planeta que vivemos está sempre passando por transformações periódicas nas mais diversas dimensões: físicas, eletromagnéticas, energéticas, atmosféricas, etc. E toda transformação pede por adaptações, a morte e o renascimento. A mudança de Eras é apenas mais uma dessas transformações.
Mais do que uma crença, os estudos Maias revelam um conhecimento fenomenal sobre a astrologia e sua regência sobre nosso planeta e sobre nossas vidas. Há milhares de anos atrás eles já detinham cálculos precisos das posições dos planetas e outros corpos celestes, incluindo sobre a massa negra que habita o centro da nossa Via Láctea. E é através desse conhecimento que os Maias traçaram um calendário com os eventos importantes para a humanidade, inclusive a data de 21 de dezembro de 2012.
Antes de mais nada, quero dar às boas vindas a todos! Não há época melhor para começar alguma coisa do que uma em uma época regida pela luz, principalmente num ano regido especialmente pela espiritualidade. Mas falaremos sobre isso em outra ocasião!
O verão, período regido pelo Pai Sol! E já que estamos sob a influência dessa estação e de Lughnasad, acho válido falar um pouco sobre esse Sabbat, há muito tempo cultuado.
Lammas ou, como também é conhecido, Lughnasadh (Lunasá), ocorre por volta do dia 02 de Fevereiro aqui no hemisfério sul.Lammas é a primeira colheira, momento em que a fartura volta a reinar. É o tempo em que os grãos estão prontos para serem colhidos e, em forma de agradecimento pela boa colheita, os primeiros grãos e os alimentos feitos destes, são dedicados às entidades da agricultura e ao Pai Sol, por propiciar com seus raios o crescimento e desenvolvimento da plantação. Assim, o costume nos conta que eram realizadas várias oferendas, normalmente, através de pães. É por essa razão que durante o rito de Lammas, existe uma etapa que é a confecção de pães e bolos artesanais para oferendar aos deuses, além é claro, das muitas sementes e castanhas da estação!Uma outra atividade tradicional realizada em Lammas, é a confecção das bonecas de milho (pequenas figuras feitas com palha trançada). Esse é um antigo costume pagão realizado por muitos Bruxos modernos como parte do rito do Sabbat Lammas. As bonecas são colocadas no altar para simbolizar a Deusa Mãe da colheita. É costume, em cada Lammas, fazer (ou comprar) uma nova boneca de milho e queimar a anterior (do ano passado) para dar boa sorte.
Lammas era originalmente celebrado pelos antigos sacerdotes druidas como o festival de Lughnasadh. Nesse dia sagrado, eles realizavam rituais de proteção e homenageavam Lugh, o deus celta do sol. Em outras culturas pré-cristãs, Lammas era celebrado como o festival dos grãos e o dia para cultuar a morte do Rei Sagrado.
É durante esse período que o Deus Sol se transforma no Deus das Sombras, doando sua energia às sementes para que a vida seja sustentada, enquanto a Mãe se prepara para assumir o papel de Anciã. Esse poderoso ritual enfatiza a relação do fogo com os Deuses da vida e a centelha da criação. Lammas é o tempo de dar gratidão pelo que você começou a receber e sacrificar o que você puder para receber mais.
Uma das reflexões que faço aqui, é que hoje em dia temos tudo pronto. Estamos acostumados a vermos o alimento pronto tanto para consumo como para venda. Sempre temos a possibilidade de irmos ao mercado e comprar um quilo de milho, um saco de arroz, um saco de aveia e frutas da estação. Com exceção do agricultor que vive disso, poucas vezes paramos para pensar na importância das estações sobre nossas vidas e quanto o sol é importante para gerir esses alimentos que vamos consumir. E menos vezes ainda paramos pra pensar em como seria nossa vida nesse período se não houvesse sol! Já pensou em passar uma estação inteira sem arroz, frutas, aveia? Já pensou se, em algum momento que você fosse ao mercado não houvesse o pão de todos os dias à venda?!
Por outro lado, a colheita ultrapassa o sentido literal e podemos desdobrar esse momento enquanto formas de agir, pensar, sentir, ser. Já pensaram sobre as pessoas que lhes rodeiam? Já parou para pensar nas coisas que você tem emanado? Sobre as atitudes e posturas que tem tomado? Gera bons frutos e resultados ou não? E as coisas que deixamos de fazer?
Então esse é um momento de gratidão e não apenas com relação àquilo que comemos, mas também pelos processos que vivemos, pelas experiências que passamos (sejam elas boas ou ruins) e por tudo aquilo que nos transforma enquanto ser. É o momento também de colher as ações e atitudes que plantamos em nossas vidas. É sem dúvida um momento de especial reflexão, já que sempre colhemos o que plantamos em todas as dimensões, física, mental, espiritual, emocional e etérica.
Bem, dito isso, aqui seguem algumas correspondências do Sabbat e um pequeno rito solitário para celebração da primeira colheita:
Incensos: aloé, rosa e sândalo. Cores das velas: laranja e amarela. Pedras preciosas sagradas: aventurina, citrino, peridoto e sardônia. Ervas ritualísticas tradicionais: flores da acácia, aloé, talo de milho, ciclame, feno grego, olíbano, urze, malva-rosa, murta, folhas do carvalho, girassol e trigo.
Para o ritual você vai precisar de:
- caldeirão;
- um pão (de preferência um feito por você);
- taça com vinho;
- manjericão;
- verbena;
- álcool;
- grãos variados;
- velas nas cores laranja, marrom e dourado;
O Rito Observação: para esta celebração prepare o altar colocando em volta do caldeirão ramos de trigo, velas nas cores laranja, marrom e dourado e variados tipos de grãos, oferecendo-os à Deusa e ao Deus.
Inicie o rito visualizando uma forte luz prateada que entra pelo topo de sua cabeça e inunda todo o seu ser em luz de proteção. Visualize durante cerca de 30 segundos. Após a visualização, você pode dar início ao rito conforme abaixo:
Enquanto acende as ervas (manjericão e verbena) no caldeirão e as velas, diga:
“Hoje festejo a primeira colheita
E por merecimento sinto-me plenamente feliz
Com abundância e fartura
Agradeço aos Deuses que me guiam pela Roda do Ano
E a eles ofereço o vinho e os grãos”
Pegue a sua boneca de milho e com ela em mãos faça seus pedidos. Em seguida beba o vinho da taça e coma o pão, em comunhão com a boneca. Medite sobre este período da Roda do Ano, no qual o Deus Sol agora se transforma no Deus das Sombras doando sua energia às sementes para que a vida perpetue enquanto a Deusa Mãe se prepara para assumir o aspecto de Anciã. Diga à boneca:
“Minha cara boneca de milho,
Por meio de ti recebemos a mensagem de que em cada semente existe em breve o regozijo do renascimento. Assim como ocorre seu sacrifício o Deus Sol se sacrifica para trazer alimento ao povo. Vá com a promessa de renascimento para que retorne gloriosa e abençoe seu povo”
Agora é hora de queimar a boneca de milho no caldeirão, nas ervas de Lammas (manjericão e verbena). Mentalize o círculo de luz prateada se desfazendo. Está feito!
Confecção da boneca de milho:
Materiais:
- 1 espiga de milho;
- Fitas;
- Tecido colorido e branco;
- Tinta preta;
- Cola;
Após descascar a espiga de milho, cole o pedacinho do tecido branco e pinte sobre este pedaço o rosto da boneca. Amarre o tecido colorido para fazer uma saia. Com as fitas coloridas, faça tranças com os “fios de cabelo” da espiga de milho.
(Esse rito elaborado por Ágatha Cruz.)
Bem, há uma música de uma banda pagã que eu gosto muito chamado Omnia. Para um ritual solitário pode ser perfeito!